Os morcegos (ordem Chiroptera) são os únicos mamíferos capazes de voar, sendo divididos em morcegos propriamente ditos (subordem Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordem Megachiroptera). Representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo: são pelo menos 1.116 espécies, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros até dois metros; uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos pólos); e uma ampla variedade de hábitos alimentares. Os morcegos tem a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutas, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue, ou seja, os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes e predadores insetos (incluindo pragas agrícolas). Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação.
Os morcegos são espécies silvestres e, no Brasil, estão protegidos pela Lei de Proteção à Fauna. A sua perseguição, caça ou destruição, no país, são consideradas crimes. Morcegos são no Brasil a segunda maior ordem de mamíferos, com pelo menos 167 espécies distribuídas em nove famílias e 64 gêneros, sendo que a maioria das espécies do país pertence à família Phyllostomidae. Cerca de 50% dos morcegos brasileiros se alimentam de plantas, dependendo delas ou não, diferente do padrão geral para a ordem Chiroptera toda, que contém 70% de insetívoros.No Brasil, há uma organização civil de interesse público chamada "Sociedade Brasileira para o Estudo de Quirópteros", que congrega vários pesquisadores e admiradores de morcegos no país. O objetivo da SBEQ é fomentar a pesquisa, a conservação, a educação e a divulgação científica sobre esses animais. A SBEQ tem um evento científico próprio, chamado "Encontro Brasileiro para o Estudo de Quirópteros", cuja próxima edição será em 6 de abril de 2010. O Brasil conta atualmente com mais de 200 pesquisadores de morcegos, além de vários admiradores desses animais, que ainda não são bem compreendidos pelo público em geral. Há no Brasil uma revista científica com público internacional especializada em pesquisas sobre morcegos, a Chiroptera Neotropical .
Nos estados de Mato Grosso e de Minas Gerais vêm sendo registrados surtos de raiva transmitida por espécies hematófagas. Estes surtos são conseqüência da intensa ação antrópica, que cada vez mais vem tirando os alimentos (por exemplo, aves) e destruindo o habitat dessas espécies para a construção de casas e loteamentos. As populações humanas, ao se estabelecerem na rota de migração dessas espécies, acabam sujeitas a contrair a doença, que também afeta o gado.
Fonte (http://pt.wikipedia.org/wiki/Morcego)
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